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EXCLUSIVO - Entrevista com Dj Felipe Guerra - CONFIRA

Entrevista Especial: DJ Filipe Guerra, um tempero nordestino na música eletrônica fala sobre carreira, amores e seu novo single 'Take a Chance'


Divulgação
Ele saiu de Pernambuco para se tornar internacionalmente conhecido. O DJ Filipe Guerra estourou na cena musical com a música "Can't Stop Loving You", em parceria com a cantora Lorena Simpson e desde então é nome e som certos nas pistas de dança. Dono de hits como "Breath Again" e o mais novo "Take a Chance", ele conversou com a gente sobre parcerias, público, assédio e novos projetos. Não perde!

NOVAS PARCERIAS

Eu estou lançando agora uma música chamada “Take a Chance”, que é o meu novo single com a nova cantora chamada Lu Guessa. É o começo de uma nova fase da minha carreira onde estou descobrindo novos cantores e novos projetos. Eu já vinha fazendo isso com a Lorena e até com a Alexxa também. Então, essa música nova é um start dessa coisa de descobrir novos talentos. E quem gosta de cantar, que tenha um perfil legal, pode entrar em contato comigo através do Twitter @djfilipeguerra. Estou abrindo espaço para novos talentos.


PÚBLICO HÉTERO

Na verdade eu já tenho um contato com o público hétero há mais tempo por meu trabalho tocar em rádio. Mas, essa música “Take a Chance” tem uma abertura maior, uma aceitação muito grande pelo hétero, que eu sequer imaginava. Ela realmente é tocada para o público gay, mas essa é uma música livre, que vem, inclusive, para quebrar essa coisa de que existe uma música para gays e outra para héteros. Ela foi produzida sem essa intenção de público, e sim para todos os públicos. Eu quero quebrar esse preconceito de música e de boate, que todo mundo possa se unir, que seja a noite da balada, independente de que público ou casa sejam.


ESCOLHA DAS MÚSICAS

1. Na verdade, as músicas surgem sob influência de histórias minhas, de coisas que aconteceram comigo. Todas as músicas foram escolhidas com base em um retrato do que eu vivi em várias áreas da minha vida. Eu acho que é bom porque deixa a música mais verdadeira.
2. A música que eu mais gostei foi “Brand New Day“! É a música que mais marcou tanto na minha carreira, quanto em um momento pessoal que eu estava passando, e abriu porta para muitas coisas, como viagens internacionais, já que a música foi muito mais aceita lá fora. Acredito que é a música que mais proporcionou coisas boas.


ASSÉDIO DOS HOMENS

Eu sou muito tímido até quando eu estou tocando. Eu gosto de dançar, gosto de interagir, mas, quanto às cantadas, eu lido com tranqüilidade. Só fico meio sem graça quando é alguma coisa além da conta, como já aconteceu, de ligarem para o hotel, às vezes eu estou saindo da balada e me seguirem de carro, descobrirem o meu telefone e ficarem ligando várias vezes. 
A mais recente é de quando fui tocar no Rio Grande do Sul e eu não sei como um carinha descobriu o meu telefone e até hoje me liga, inclusive de madrugada! Me manda mensagem e eu não sei o que fazer. Eu não respondo, mas o que eu vou fazer?


AMOR

1. Eu estou enrolado, enroladinho, mais ou menos.

2. Para me conquistar, primeiro, a sinceridade. Eu acho que tem que ser muito de empatia, eu acredito muito no olhar, você olhou de cara e já gostou, isso aí já valeu. Eu sou muito assim. Até mesmo nesse relacionamento que estou agora, eu já o conhecia, já sabia quem era, já convivia quatro ou três anos, mas nunca havia batido aquele olhar de “hum.. você!”, e aí rolou esse olhar.


NOVOS DJ’S E DICAS

É, tem um passo a passo. Na verdade eu comecei há 10 anos na boate Metrópole, em Recife, enfim, depois para o Rio, mas foram etapas que eu fui vencendo, passo a passo. Demora, não é do dia para a noite, mas assim, é muita dedicação, estudar e ouvir muita música. Para quem quer seguir produção, estudar muito. E como DJ também. Ir e frequentar baladas nunca é demais, porque você escuta o que as pessoas gostam, você escuta o que o DJ está tocando, como ele toca, a técnica e você acaba adquirindo um feeling de “isso é legal, isso não é legal”. Pesquisar muito, isso eu acho que é a receita principal.
O DJ é formador de opinião, né?! Estão cada vez mais tendo que aprender mais além da música A mídia abriu muito espaço para nós. Então, as pessoas, hoje em dia, acham que o DJ é a fuga para se tornar famoso, o que não é a verdade. Os DJs que se tornam famosos, o são por causa do trabalho, não foi uma coisa que simplesmente aconteceu e ele virou famoso. Então, algumas pessoas ainda acham que é o caminho mais rápido para a fama. A mídia, infelizmente, acabou deixando a profissão muito banal, já que qualquer ex-Big Brother, qualquer ator chega em uma festa e atua como DJ, pondo um fone de ouvido. As pessoas não entendem que é preciso estudar!
 

SER DJ

Eu acredito que tenha de ter um dom, sim. Os bons e grandes DJ’s que conheço, todos sempre gostaram muito de música. Todos sempre foram pesquisadores. Até pessoas que não eram DJ’s, e hoje são, eram pessoas que frequentavam baladas, com um gosto musical próprio muito bom, de quem sabe o que está escutando. Elas acabam sendo tendência de música para os amigos, então realmente essas pessoas têm uma pré-disposição para ser DJ. É uma questão de dom mesmo, tem que estar ligado na música.


NOVOS PROJETOS

Estou montando agora com a Lu Guessa, que é a minha parceira nova nessa música “Take a Chance”. A gente vai sair por aí pelo Brasil com um “Live”, que é ela tocando guitarra e eu, alem de operar a pick up, tocando percussão, uma coisa diferente. Os projetos são muitos, mas ainda são segredo!

 
PROJETO NOVOS CANTORES

É só entrar em contato através do e-mail contato@djfelipeguerra.com


COMO ACHAR VOCÊ

No Facebook. Estou no Orkut, minha comunidade “DJ Felipe Guerra”. Tem meu twitter, que éwww.twitter.com/djfilipeguerra, e meu myspace que é http://www.myspace.com/filipeguerradj  . Tem também o site promocional, que é para as pessoas baixarem a música nova: djfilipeguerra.com/takeachance.


MENSAGEM PARA OS LEITORES

A gente está vivendo uma época de tanta liberdade e ao mesmo tempo de tanta repressão, de tanta violência! O recado que eu dou para os leitores, é que se unam contra essa violência que a gente está vivendo. A gente, em todos estes anos de trabalho, luta por essa liberdade de ideia e liberdade cultural do público gay. E como eu falo na minha música “Take a Chance”, “dê uma chance ao amor”, que realmente as pessoas dêem uma chance ao amor e levem essa coisa à frente. A gente tem de se unir e lutar contra esse preconceito que existe entre os próprios gays. E aí quando a sociedade sentir que o gay tem um poder tão forte quanto qualquer outra pessoa, essa violência vai acabar. Isso cabe muito a nós, antes de qualquer condição sexual, enquanto ser humano.

Entrevista via: msn online

Por Charme by: Iwo Soares

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